sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Pequenas historias...

HISTÓRIA DAS SEREIAS


Numa noite calma de primavera ou outono, o marinheiro deixa deslizar docemente seu barco perto das margens semeadas de rochedos e ouve ao longe, no marulho das ondas, o gorjeio de uma ave. Esse gorjeio, entrecortado por gritos estridentes e zombeteiros, ganha os ares e passa invisível com um estranho síbilo de asas, por cima da cabeça do marinheiro atento, dando-lhe a impressão de um concerto de vozes humanas. A sua imaginação lhe representa grupo de mulheres que se divertem e tentam desviá-lo de seu rumo. Ele acaba se aproximando mais para identificar a voz e sua embarcação se quebrará nos rochedos. Esta é sem duvida, a origem de todas as fábulas das Sereias. Mas devemos agradecer a estes poetas que criaram esta lenda tão maravilhosa.
As sereias na época de homero eram 3 irmãs, filhas do deus Aqueló e da musa Calíope. Lígia toca flauta, Parténope lira e Leucósia lê textos e cantos. Seus nomes gregos evocam as idéias de candura, de brancura e de harmonia. Outros dão-lhes os nomes de Aglaofone, Telxieme e Pisinoe, denominações que exprimem a doçura da sua voz e o encanto de suas palavras. Conta-se que elas eram ex-companheiras de Perséfone, filha de Deméter, que foi raptada por Plutão(Hades), Senhor dos Infernos. Segundo a lenda, as sereias devem sua aparência a Deméter, que as castigou por terem sido negligentes ao cuidarem de sua filha.
Ovídio, ao contrário, diz que as Sereias, desoladas com o rapto de Perséfone, pediram aos deuses que lhes dessem asas para que fossem procurar a sua jovem companheira por toda a Terra. Habitavam rochedos escarpados sobre as margens do mar, entre a ilha de Capri e a costa de Itália.
O oráculo predissera às Sereias que elas viveriam tanto tempo quanto pudessem deter os navegantes à sua passagem, mas desde que um só passasse sem para sempre ficar preso ao encanto de suas vozes e das suas palavras, elas morreriam. Por isso essas feiticeiras, sempre em vigília, não deixavam de deter pela sua harmonia todos os que chegavam perto delas e que cometiam a imprudência de escutar os seus cantos. Elas tão bem os encantavam e os seduziam que eles não pensavam mais no seu país, na sua família, em si mesmos. Esqueciam de beber e de comer e morriam por falta de alimento. A costa vizinha estava toda branca de ossos daqueles que assim haviam perecido.
Entretanto, quando os Argonautas passaram nas suas paragens, elas fizeram vãos esforços para atraí-los. Orfeu, que estava embarcado no navio, tomou sua lira e as encantou a tal ponto que elas emudeceram e atiraram os instrumentos ao mar.
Ulisses, obrigado a passar com seu navio adiante das Sereias, mas advertido por Circe, tapou suas orelhas e de todos os seus companheiros e se fez amarrar os pés e as mãos ao mastro principal. Além disso, proibiu que de lá o tirassem se, por acaso, ouvindo o canto das Sereias, ele exprimisse o desejo de sair. Não foram inúteis essas precauções. Ulisses, mal ouviu as doces vozes e as promessas sedutoras das Sereias, deu ordem para que seus marinheiros o soltassem, o que felizmente eles não fizeram.
Pausânias conta ainda uma fábula sobre as Sereias:"as filhas de Aqueló, diz ele encorajadas por Juno, pretendiam a glória de cantar melhor do que as Musas, e ousaram fazer-lhes um desafio, mas as Musas, tendo-as vencido, arrancaram-lhe as penas das asas e com elas fizeram coroas." Com efeito, existem antigos monumentos que representam as Musas com uma pena na cabeça. Apesar de temíveis ou perigosas, as Sereias não deixaram de participar das honras divinas e tinham um templo perto de Sorrento.


AS SEREIAS ATRAVÉS DOS TEMPOS


A aparência das sereias evoluiu através os tempos. Na época da Antiga Grécia, eram representadas como seres alados, com rosto humano e corpo de ave. Nas mãos têm instrumentos: uma empunha uma lira, outra duas flautas e a terceira gaitas campestres ou um rolo de músicas para cantar. Também pintam-nas com um espelho, penteando seus longos cabelos. Sua transformação em criaturas metade mulher, metade peixe, remonta da Idade Média e das lendas celtas e germânicas. As lendas irlandesas e inglesas fazem referência a presença de sereias por toda a extensão da Costa, enquanto a mitologia germânica, as vê surgir na espuma das ondas. A tradição celta relata Ahez, filha do rei Grallon, que submergiu nas águas por haver entregado a cidade de Ys ao diabo, se convertendo então em sereia.
Cristóvão Colombo também as viu em frente as Antilhas. Segundo ele, longe de possuir a beleza cultuada pelos gregos, eram criaturas feias e mudas.
A idéia de um amor ideal, mas fatal, era mencionado em todas as lendas.


SEREIAS CONTEMPORÂNEAS


O mito das sereias não é uma passagem histórica, distante de nós pelo tempo e espaço, mas arquetípica, já que "a mitologia não é uma narrativa das origens, mas o origem de toda a narrativa". O homem tem necessidade de narrar, para repassar valores que transcendem sua compreensão. O que temos hoje são o canto das sereias contemporâneas. Mas quem são elas?
Durante as longas eras da história da humanidade, a mulher tem evoluído, saindo do estado puramente instintivo, que é representado pela lua escura. Sabemos que a manifestação instintiva e não-humana é como uma maré que inunda os porões dos valores humanos. Por isso, foram traçados critérios e normas para impedir tais inundações. Entretanto, a vida dentro destes parâmetros, tornou-se tão estéril, que hoje os indivíduos necessitam novamente um contato direto com as fontes da vida que podem surgir de uma relação mais livre com o instinto.
A mulher, em particular, busca desvencilhar-se das restrições e preconceitos que lhes foram impostos deste a época vitoriana. Mas, assim que ela se liberta, o aspecto instintivo e não-humano começa a aflorar. Permitindo-se agir de acordo com seu instinto, ela torna-se agente do eterno feminino, que é irresistível para a maioria dos homens. O surgimento da feminilidade instintiva acontece na mulher como parte da experiência de sua qualidade lunar. Porém, se esse instinto não tiver controle, a mulher rebaixa-se do nível humano ao de animal instintivo. Ela seria de fato, muito semelhante a uma sereia ou ninfa. Essas criaturas mitológicas, meio-peixe meio-mulher, conquistam os homens não por amor, mas pela ânsia de obter poder sobre ele. E, por mais estranho que pareça, esta mulher exerce um grande poder de fascínio sobre os homens, sugando sua atenção e paixão. Entretanto, a mulher deste tipo, nunca está consciente de si e de seu instinto. Este aspecto, para exemplificar, é bem representado pela lua escura, ou a fase bem inicial da lua crescente. Mas, também, esta mulher pode ter chegado a este estado porque achou que as maneiras convencionais de agir são inteiramente estéreis e inférteis, como a Terra desolada da lenda de Graal. A inundação do instinto lembra o dilúvio com o qual Istar trouxe umidade à terra deserta. Mas, no mito, seus filhos tornam-se "como peixes do mar", verdadeira razão para lamentação.
Mas, por ter experimentado o poder da deusa em si mesma, ela sabe que a mulher convencional não é uma mulher verdadeira. E, assim continuará imersa em seus desejos instintivos e maneiras de agir que ameaçam submergir o pouco de humano que ainda lhe resta. Como constatamos, este é um caminho sem volta, mas basta saber se há um caminho adiante. E há! Como nos conta a lenda, quando a lua enviou o dilúvio para terra, ela também se preocupou em fornecer meios de salvação. Trouxe a terra um barco que levava os escolhidos para um novo mundo. Tal barco era uma arca, um barco lua-crescente e nela seu povo foi carregado para o sol. Mas o que está por detrás da lenda? Ela nos diz que ao invés de ser tragada pelas águas da lua, a mulher pode embarcar em sua arca e assim tornar-se sua companheira. A salvação está no reconhecimento que sua atitude não é humana, mas pertence ao reino do divino. Entrar neste barco da deusa implica a aceitação da força do instinto, porém com um espírito religioso, entendendo-o como manifestação da própria força criativa da vida. Quanto tal atitude é entendida, o instinto passa a ser olhado como um recurso a ser explorado para vantagem na vida pessoal.

Texto pesquisado e desenvolvido por Rosane Volpatto. Bibliografia consultada pela autora: 1. As mais belas histórias da Mitologia, Sérgio D. T. Macedo; 2. Os Mistérios da Mulher, M. Esther Harding; 3. Mitologia Grega e Romana, Commelin

"Feliz ano novo"

Quero desejar a vocês um feliz ano novo e porisso postei esta historia...


"O canto das sereias

Era meia-noite de 31 de dezembro de 2003, limiar de ano novo. A praia de Copacabana estava coalhada de gente. Eram grandes os preparativos para virada do ano. Á beira da praia era disputada por pessoas que depositavam no mar pequenos objetos, tais como pentes, vidros de perfume, colares e flores. Alguém ao meu lado, quis saber a razão daquela atitude, o motivo daquela legítima festa pagã e uma mulher que se encontrava ao meu lado explicou que se tratava de uma homenagem as divindades do Mar, às sereias....
- "Sereias? Como são elas?" - quis saber o homem curioso.
- "Não sei, nunca as vi. Mas sei que existem" - foi a resposta da senhora, num tom que denotava aborrecimento.
A alguns passos eu observava a cena. Ouvindo mencionar "sereias" meu pensamento revoou para muito longe, varou distâncias e entrou no túnel do tempo chegando a Grécia Antiga, onde também eram homenageadas as sereias, onde se ofereciam presentes a Poséidon, ou Netuno e a outros arquétipos criados pela fértil imaginação grega.
Sim pensei na Mitologia Grega, ou seja na história fabulosa dos deuses e deusas, semideuses e heróis de guerra. Pensei na civilização grega ou helênica, de que é filha a nossa civilização latina, nos muitos costumes que dela somos herdeiros e nos atos que continuamos a praticar inconscientes da nossa verdadeira origem.
Nossa querida Grécia situa-se numa região extraordinariamente montanhosa, à Sudoeste da Europa, na extremidade meridional da Península Balcânica, repleta de golfos e ilhas, serpenteada por uma infinidade de ilhas. A Grécia possui um clima ameno e agradável que sempre convidou à vida livre, aos banhos e aos exercícios físicos. Lá o céu é azul cristalino, o ar é límpido e leve, as noites são doces e mágicas. Por isso seu povo era especial.
Dividida em pequenos-reinos ou "cidades-estado", como era conhecido, a Grécia Antiga, foi primitivamente, uma nação de pastores e agricultores. Com o passar do tempo, foram assimilando conhecimentos trazidos por outros povos , aprendendo a arte da navegação e outras artes de maior elevação cultural, surgindo, então, artistas maravilhosos e grandes filósofos.
O período de maior esplendor da civilização grega aconteceu entre os séculos VI e IV antes de Jesus Cristo. É neste lapso de tempo que se deu, de improviso, a revelação do Gênio Grego. Fala-se aqui de um milagre grego ao se constatar a maturidade repentina da cultura helênica.
O povo grego era caracterizado pela profusão de deuses que criou e adorou. Além de uma série de deuses principais, comuns a todos, cada cidade, cada pequeno reino, tinha as suas divindades particulares e seus deuses familiares. Tamanha era a profusão de deuses, aliás, fez com que um dos maiores poetas gregos, Homero, afirmasse que na Grécia havia mais deuses do que homens.
Os deuses gregos, entretanto, se diferenciavam dos deuses de outros povos, por serem alegres, festivos, comunicavam-se com os mortais e tinham a forma humana. Freqüentemente desciam do Olimpo e vinham compartilhar das alegrias, das guerras, das atribulações dos homens, aos quais muitos deles gostavam de pregar boas peças..
A primeira história de aparição de sereias remonta à "A Odisséia" de Homero. De acordo com a Mitologia Grega, as sereias vivem numa ilha do Mediterrâneo. Seu canto é tão belo que os marinheiros ao escutá-lo, não podiam resistir-lhe e acabavam jogando seus barcos contra os recifes.

A verdadeira historia da ariel...

Sempre que pensamos em sereias, a imagem de Ariel vem as nossas mentes. Graças ao sucesso do filme, Ariel se tornou conhecida em todo mundo. Mas nem todos sabem, que a verdadeira história da Pequena Sereia não tem um final feliz.

Na verdadeira versão da história, a bruxa não era realmente má. As condições do trato das duas era: "Se ele não se apaixonar por você, morrerás." Mas o príncipe se apaixonou por outra. A bruxa então ficou com pena de Ariel e decidiu dar a ela uma chance: "Se você matá-lo com esta adaga, eu pouparei sua vida." Mas a sereia ainda estava apaixonada pelo príncipe, e não conseguiu matá-lo.Ela então decidiu se atirar no mar, e morrer. Existem vários finais diferentes para esta história. Alguns dizem que Ariel se atirou de um rochedo, e ao bater no mar virou espuma. Dizem que a espuma do mar são sereias e tritões que morreram. Outros dizem, que ao atingir a água, Ariel se tornou uma pérola. Ha mais uma versão que diz que ela se tornou um elemento como a brisa ou um espirro de água, e que quando reencarnasse, ela voltaria à Terra como humana.



fonte:http://www.fortunecity.com/marina/bowcreek/440/true.htm

sábado, 23 de outubro de 2010

As sereias e tritoes

A água está presente em todos os nossos momentos, em tudo que nos rodeia, levando-nos ao mundo feérico e trágico dos graciosos tritões, sereias, ninfas.Os babilônios eram conhecidos por cultuar o deus do mar Ea. Um tritão: um homem com a cauda de peixe. Oannes, para os gregos, emergiu do Erythrean Sea para transmitir conhecimento ao homem.Os sírios e os filisteus também cultuaram sua deusa sereia semítica, cujas lendas se enleam; os assírios a chamam Atargatis, deusa da lua, do amor e da fecundidade, e os filisteus, Derceto, esta jogou-se no mesmo lago, após matar um de seus sacerdotes e abandonar a filha Semíramis no deserto.Derceto é contemplada com uma cauda de peixe. Semíramis é rainha da Babilônia.Nos mapas do Renascimento podia ler-se a frase "Aqui estão as sereias", e muitas crônicas sobre sereias capturadas foram escritas.Os exploradores visualizaram a aparição de sereias, com cabelos verdes na Antártida, e com cabelos azuis nas Bahamas.Hoje em dia, há rumores da existência de um homem-peixe em Liérganes, na Cantabria, e ninfas no rio Ebro.As sereias e os tritões para os chineses, são Fuxi e Nu Gua; para os indianos, Trita e Voshnu; para os gregos, Poseidon, Amphitrite; para os japoneses, Ningyo; para os habitantes de Cornwall, Merrymaids; para os irlandeses, Merrows ou Muirruhgach; para os Shetland Islands, Sea-trow; para os escandinavos, Havfrue e Havmand; para os noruegueses, Havfine; para os romanos, Neptune.Os mortais ficavam encantados com as sereias e se lhes dessem ouvidos seria um desatino. As sereias atraindo os marinheiros com suas mágicas vozes, cantando, tocando maravilhosamente instrumentos musicais, e fazendo os navios encalharem e seus tripulantes afogarem-se.Homero descreveu em sua Odisséia.Hans Christian Andersen escreveu a sua The Little Mermaid.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

MURGEN - Uma Santa Sereia?

Aqui chegamos na lenda da sereia Murgen, que foi capturada no norte do País de Gales e, em certos calendários antigos é referida com o nome de Santa Murgen. Essa lenda é uma das mais bizarras dentro do catolicismo, mais ainda que aquela à respeito da cabeça de cachorro de São Cristóvão. Ela é mencionada nos Anais do Reino da Irlanda, do século dezessete, como Santa Murgen de Inver Ollarba. Antes de mais nada é preciso esclarecer que na verdade ela não é reconhecido como santa pela igreja Católica.
Murgen começou a vida como uma garota chamada Liban. Ela parece ter tido a mistura de humano com Daoine Sidhe. Um dia ela estava perto de mar e acabou sendo arrastada para uma caverna, junto com seu cachorro. Ela pediu a uma deusa que a ajudasse, transformando-a em peixe para sair de lá nadando. Ela foi atendida, só que a deusa transformou só metade dela em salmão e o cachorrinho virou uma lontra.
Segundo outra lenda, em 390 ou 558, um navio que iria para Roma a tirou do mar. O clérigo Beoc, estava a bordo, e ela implorou a ela para deixa-la em Inver Ollarba. Após alguma disputa, ela acabou indo para a paróquia de Beoc e dada a ela duas escolhas: ou ela seria batizada, morreria e iria direito para o Céu ou viveria mais trezentos anos como sereia e depois iria para o Céu. Ela escolheu a primeiro opção e a ela foi dado o nome de Murgen (nascida do mar). Dizem que a igreja de Beoc ainda é um lugar de muitos milagres.
Eu não consegui achar nenhuma igreja com esse nome

IARA - Uma Sereia Brasilera

Iara ou Uiara (do tupi 'y-îara "senhora das águas") ou Mãe-d'água, segundo o folclore brasileiro, é uma sereia. Não se sabe se ela é morena, loira ou ruiva, mas tem olhos verdes e costuma banhar-se nos rios, cantando uma melodia irresistível. Os homens que a vêem não conseguem resistir a seus desejos e pulam nas águas e ela então os leva para o fundo; quase nunca voltam vivos. Os que voltam ficam loucos e apenas uma benzedeira ou algum ritual realizado por um pajé consegue curá-los. Os índios têm tanto medo da Iara que procuram evitar os lagos ao entardecer.
Iara antes de ser sereia era uma índia guerreira, a melhor de sua tribo. Seus irmãos ficaram com inveja de Iara pois só ela recebia elogios de seu pai que era pajé, e um dia eles resolveram tentar matá-la. De noite quando Iara estava dormindo seus irmãos entraram em sua cabana, só que como Iara tinha a audição aguçada os ouviu e teve que matá-los para se defender e, com medo de seu pai, fugiu. Seu pai propôs uma busca implacável por Iara. E conseguiram pegá-la; como punição Iara foi jogada bem no encontro do rio Negro com Solimões os peixes com pena da moça a trouxeram à superfície e de noite a lua cheia a transformou em uma linda sereia, de longos cabelos e olhos verdes.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

UNS DETALHES SOBRE ELAS


RENOVAR
Marta Vinhais
Sereia eu fui
Sereia não posso voltar a ser
Na gruta que enfeitei com conchas e búzios já não me escondo…
E o som do mar
No meu coração vive
Já não vagueio nas noites de lua cheia pelo fundo do mar
varrendo a areia à procura do arco-íris que,
aqui à superfície me encanta e seduz,
faz com que a lua chore, surpreendendo,
as estrelas e os outros planetas
cantando baixinho velhas melodias,
numa voz potente e quente.
E, de novo o horizonte se alarga

SEREIA
Renata Cordeiro
No oceano a sereia dança
Ao ritmo do seu bailado
Ao som do mar azulado
A sereia, mulher, canta
Sempre à espera do amado...

SEREIAS
RENATA CORDEIRO

As sereias são as mulheres-pássaros segundo as fontes gregas, e as mulheres-peixes segundo as fontes nórdicas, que simbolizam principalmente os perigos do oceano e a morte no mar. Narrações posteriores tornaram-nas mulheres jovens vivendo no mar, sem a conformação de peixe (é o caso da "Siren" inglesa, diferente da "Mermaid", que tem cauda de peixe), como as Mulheres do mar das lendas bretãs, que são uma espécie de fadas marinhas.Para a mitologia grega, elas viviam numa ilha do Ponnant, perto da ilha da feiticeira Circe; mas o cadáver de uma delas, Partênope, foi encontrado na Campânia e deu seu nome à cidade que hoje se chama Nápoles (antes, Partênope).Na Antigüidade, as sereias eram também invocadas no momento da morte, por isso, muitas estátuas que as representavam eram encontradas nos sepulcros.Deve-se acrescentar que se acreditavam realmente na existência das sereias, sendo conhecidas várias histórias de sereias vivas.A obra literária mais antiga que existe sobre elas é a Odisséia de Homero, em que o herói, Ulisses, alertado pela feiticeira Circe, não cai prisioneiro de seus encantos, ao passar próximo da ilha onde elas habitam, tapando os ouvidos dos marinheiros e fazendo-se atar no mastro do navio. Desde então, as sereias passaram a ser um símbolo mitológico das artes da sedução e da atração feminina.Segundo essas crenças, as sereias não só seduzem os homens para dar-lhes a morte, mas a sua aparição também era anúncio de tempestades e desastres. O historiador romano Luciano, do século II d. C., já se referia a uma extraordinária figura pisciforme como deidades oceânicas.Segundo algumas crônicas, no ano 558, uns pescadores de Belfast Lough (Irlanda do Norte), ouviram o canto de uma sereia e foram pescá-la com suas redes.Conseguiram resgatar uma sereia que se chamava Liban, filha de Eochaidh, na praia de Ollarbha, na rede de Beon, filho de Inli. Puseram-na em um aquário, do mesmo modo que um peixe, e ali ela permaneceu por 300 anos. Durante esse tempo, desejou ardentemente sua liberdade. Certos monges piedosos resolveram libertá-la, mas antes a batizaram segundo o rito cristão, dando-lhe o nome de Murgen, que significa "nascida no mar". Depois desejou a morte para salvar sua alma. Desde do dia em que morreu ficou conhecida como a Santa Murgen, aparecendo com essa denominação em certos almanaques antigos e no santoral irlandês, sendo atribuídos a ela vários milagres. Quem já tinha ouvido falar numa sereia santa? Pois não é freqüente essa simbiose entre o paganismo e o cristianismo.Em algumas descrições celtas antigas, as sereias tinham um tamanho monstruoso, apresentando quase dezoito metros de altura. Essas medições foram possíveis porque elas penetravam pelos rios e podiam ser encontradas em lagos de água doce.

SEREIA ASSASSINA

Um exemplo típico de sereia selvagem é a que aparece no conto O Senhor de Lorntie",que Robert Chambers narra em Popular Rhymes of Scotland:
"O jovem Senhor de Lorntie, em Forfarshire, regressava certo dia tarde da caça, acompanhado somente por um criado e dois cães galgos, quando, ao passar junto de um lago solitário situado a cerca de três milhas ao sul de Lorntie, e que naquela época estava completamente rodeado de bosque, ouviu os gritos de uma mulher que parecia estar afogando-se.Sendo de caráter intrépido, o jovem lorde pulou do cavalo e se dirigiu para a margem do lago, e ali viu uma bela mulher que lutava com a água e parecia estar afogando-se.
-"Socorro, socorro, Lorntie!", exclamou."Socorro, Lorntie, socorro, Lor...."
E as águas, penetrando em sua garganta, pareceram afogar os últimos sons de sua voz. O Lorde, incapaz de resistir a um impulso de humanidade, se lançou ao lago, e quase ia agarrar os loiros cabelos da moça, que flutuavam como madeixas de ouro sobre a água, quando seu criado o segurou por trás e o obrigou a sair do lago.O servo, mais perspicaz que seu amo, se deu conta que aquela era um espírito aquático."Espera, Lorntie, espera um instante!", exclamou o fiel servo, "aquela dama não era outra, Deus nos proteja! que uma sereia!"Lorntie, imediatamente reconheceu que ele falava a verdade, e quando montava no cavalo, se viu confirmada, pois a sereia, tirando meio corpo para fora da água, exclamou um voz de frustração e ferocidade diabólica:
"Lorntie, Lorntie, se não fosse por teu criado, teria seria sido uma presa muito fácil!".

SEREIA CURADORA

Uma bonita história de uma sereia que dá conselhos médicos é a que cita Chambers em Nithsdale and Galloway Song de Cromek:
Um homem chorava pela namorada, uma jovem encantadora que a tísica havia levado à margem da tumba.Com tom de doçura vivificante, aproximou-se dele uma boa sereia e cantou:"Deixarias morrer a bonita May em tuas mãos, e a artemisia florescer nos campos?"O jovem arrancou e espremeu as corolas e deu o suco à bela namorada, que se levantou e agradeceu à sereia por lhe haver dado de volta a saúde."
Alguns autores têm uma visão favorável das sereias. Renfrewshire confirma esse pensamento através de um conto sobre uma sereia que emergiu da água enquanto passava o funeral de uma jovem, e disse queixosamente:
Se bebessem urtigas em marçoe comessem artemisa em maio,não iriam para tumbatantas elegantes donzelas.
A artemísia era muito usada para a tísica. As sereias tinham grandes conhecimentos sobre ervas, além de poderes proféticos.

LUGARES ONDE APARECERAM AS SEREIAS

Cantábrico, que banha a costa norte da Península Ibérica, já teve fama de ser um mar muito povoado de sereias. No ano 1147, uma grande expedição marítima levou um exército cristão do norte da Europa à Terra Santa, no começo da segunda cruzada. Por uma carta que se conserva na Biblioteca do Colégio de Cristo da Universidade de Cambridge, escrita pelo cruzado Osbone, sabemos que a frota saiu do porto de Dartmouth, ao sudoeste da Inglaterra na sexta-feira anterior à Ascensão de Cristo, e que, várias jornadas depois, foi dispersada por um forte temporal um dia antes que pudessem alcançar o porto de Mala-Rupis (Gijón).O relato de Osbone, traduzido por Jesus Evaristo Casariego, diz assim:A noite que se seguiu (ao temporal), apavorou todos os nautas, por mais serenos que fossem. Entre todos os perigos, escutamos os horríveis alaridos das sereias, que primeiro eram como gritos de dor e logo de riso e gargalhadas, tal como se de seus castelos nos insultassem.Na Idade Média, na Inglaterra, elas se chamavam Mermaids, ou filhas do mar, que se diferenciavam das Siren, que eram as sereias clássicas, ou seja, as mulheres-pássaros. A crença na real existência das sereias se manteve até muito depois do início da Idade Média, apesar da crescente expansão do cristianismo que condenava essas superstições.Em 1403, perto de Edam, nos Países Baixos, uma sereia passou por uma brecha em um dique e dois jovens a encontraram atolada no barro do canal, coberta de musgo e plantas verdes. Habitou em Haarlem até o dia de sua morte, depois de 17 anos.- Ninguém a compreendia", dizia Borges, "porém lhe ensinaram a fiar e venerava como por instinto a cruz, razão pela qual foi enterrada em um cemitério cristão.Em 1658, foram vistas várias sereias na costa da Escócia, perto da desembocadura do rio Dee. A visão teve tal ressonância que o Aberdeen Almanac, trasformou o local em ponto turístico, prometendo aos visitantes a presença de um grupo de preciosas sereias, criaturas conhecidas pela sua beleza incomparável. Comprova-se assim, que a técnica da propaganda enganosa não foi um invento do século XX.No século XVIII um periódico inglês menciona como verdadeira a aparição de umaMermaid nas costas da Grã Bretanha. Em 1728, o governador das ilhas Moluscas (atual Indonésia), Minher Van Der Stell, contou que havia visto um monstro semelhante a uma sereia, junto à costa de Borneo, na província de Amboina,medindo aproximadamente 1,50 m. Permaneceu viva em terra, dentro de uma cuba cheia de água quatro dias e sete horas, emitindo de vez em quando um sibilo débil, como uma ratazana.

SEREIAS NA ESPANHA

Na Espanha, segundo Jesus Callego, os relatos de sobre as sereias sobreviveram no tempo de boca em boca, de geração para geração e estão ligadas às idéias fundamentais: por um lado, seu canto melodioso, que constitui um perigo a evitar pelos seres humanos, já advertido na Odisséia; e, por outro, em todas as lendas que transmitem a idéia de maldição de uma mãe humana faz sobre sua filha, convertendo-se essa em sereia, passando dessa forma, a formar parte do mundo das fadas.Na Espanha são encontradas referências a sereias assassinas desde o século XVI, em que os autores falam delas nas suas obras, recorrendo ao sentir popular que sobre as mesmas existia tanto em sua época como muito antes.Um deles é Juan Pérez de Moya, que faz eco, na Filosofia Secreta, de uma das qualidades das sereias que devia ser tópica inclusive no século XVI, quando escreve:Fingem cantar tão docemente, que os marinheiros as ouvem, admirados da melodia, adormecem e, não olhando por si, as sereias, quando os sentem adormecidos, para depois comer suas carnes.
Já Antonio de Torquemada, em seu Jardim de Flores Curiosas (1570), recolhe outro aspecto tipicamente conhecido das sereias, aceitando a possibilidade da sua existência, mas não seus comportamentos:É comum falar e tratar dessas sereias, dizendo que, do meio do corpo para cima têm forma de mulher, que dali para baixo têm de peixe; representadas com um pente na mão e um espelho na outra, e dizem que cantam com tanta doçura que adormecem os navegantes e assim entram nos seus navios e matam todos que neles estão adormecidos (...) e embora seja assim, que haja no mar esse gênero de peixe, eu tenho por fábula a doçura de seu canto e tudo a mais que se fala acerca delas.No que tange à sua organização social, elas têm uma rainha, que é a mais bela de todas e que se distingue por levar incrustado na cauda um anel de pedras preciosas que tem de retirar ao chegar à praia e voltar a pô-lo ao regressar ao mar, tal como afirma uma lenda de Begur, na Costa Brava.

SEREIAS MULTIFORMES

As sereias, dentro de suas múltiplas habilidades, podem mudar de forma. A imagem mais comum na Antigüidade Clássica, foi a da mulher-ave, conhecida também como Hárpia, e só na época medieval foi transformada em mulher-peixe.A sereia-hárpia, cuja imagem apresenta um rosto de mulher e o resto de uma ave rapina, personifica as tempestades e a morte, sendo encarregada de raptar os seres humanos para logo oferecê-los ao deus do inferno. Esse ser aparece descrito por Homero e sobrevive na época de São Isidoro, mantendo-se inclusive até o século XII nas representações das igrejas romanas, porém já não são vistas na arte gótica.Há também alguns relatos de que uma sereia pode desintegrar a sua cauda de peixe e transformar-se em mulher de aspecto completamente humano. Para Nancy Arrowsmith, quando elas viajam pelo mar, só podem tomar a forma de mulher-peixe ou golfinho e se o fazem pelo ar, aparecem como gaivotas ou águias (essa é uma qualidade mais própria das nereidas).Medem, em geral, um metro e meio. São muito belas e adoram jóias e pedras preciosas. Como o resto das fadas, dormem durante todo o dia e somente é possível vê-las ao amanhecer ou no pôr-do-sol.As sereias se encontram em todo o litoral do Mediterrâneo espanhol, mas também no Atlântico (aparecem na costa brasileira igualmente), pois seus principais palácios se situam as cercanias das ilhas dos Açores. Raras vezes são encontradas em mar aberto, pois gostam de aproximar-se das desembocaduras dos rios e das rochas da costa.O pente de ouro e o espelho são seus atributos mais comuns, mas em algumas partes da Europa, elas também usam véu, bolso e têm um cinturão. A posse de qualquer desses objetos permite dominar a sereia, podendo inclusive casar-se com ela.Dentro de suas características genéricas estariam o dom da profecia (que lhes permite proferir maldições), a sugestionabilidade de sua voz (que lhes permite hipnotizar através dela) e a necessidade de possuir alma e filhos.Muitas são as lendas (Livro de Enoch) que dizem que as sereias são originárias do mundo humano, dando-nos a comprovação da maldição proferida por uma mãe à sua filha. As sereias nada mais seriam do que mulheres humanas em sua origem, mas que se transformaram em espíritos da natureza. Esse fato seria bastante significativo, pois explicaria várias reações delas: buscam o contato com o homem para casar-se com ele ou para matá-lo, buscam possuir uma alma que perderam quando passaram para esse estado sobrenatural, podem converter-se com facilidade em mulheres com membros e aspectos humanos, não manifestam nenhuma aversão pelos símbolos cristãos e sua estatura é maior que a das outras fadas.O francês Benoít de Mallet, publicou, no ano de 1755, uma volumosa obra dedicada às sereias, em que recolheu todo o tipo de lendas relacionadas a elas, chegando à conclusão de que eram seres de uma raça humana primitiva, praticamente desaparecida, assinalando a sua presença desde a Terra do Fogo até Madagascar.

IMAGEM DAS SEREIAS

A imagem estereotipada das sereias é que têm uma doce e melodiosa voz em que está concentrado todo o seu poder. Com seu canto, podem enfeitiçar e fazer com que os homens, os pássaros, os peixes, o vento e a água enlouqueçam. Como os outros seres elementais da natureza, se comunicam com todos os seres vivos e são capazes de controlar as forças naturais benefício próprio, dentro de certos limites. Seu poder está associado à lenda negra que diz que elas alcançam seu grau máximo nas noites de lua cheia, quando sobem à superfície e com seus cantos chamam as névoas, refugiando-se nelas para esperarem os barcos que passam próximos dos seus refúgios. Outras vezes, seus cantos são destinados aos ouvidos dos marinheiros que caem enfeitiçados e acabam loucos ou mortos.As lendas que existem acerca das sereias sempre são fábulas um pouco exageradas, pois dizem que o desejo delas é afogar jovens marinheiros ou levá-los para seus belos palácios no fundo do mar. Lá, vigiam com zelo os homens e freqüentemente lhes propõem casamento. Se aceitam seus clamores, os marinheiros são tratados amavelmente e podem viver em meio a grandes comodidades e luxo, porém se resistirem, passam o resto da vida existência presos, atados com cadeados de ouro.Pode parecer que as sereias são cruéis, e talvez em certo sentido o sejam mesmo, sobretudo do ponto de vista humano. Não devemos duvidar que os seres elementais acreditem que os seres humanos fazem parte de um mundo imperfeito, um mundo tão material que está perdendo sua relação harmônica com a Gaia (Terra) e que deprecia todas as outras formas de vidas como os espíritos da natureza.As sereias não são malvadas, simplesmente se deixam levar pelos sentimentos e instintos e embora do nosso ponto de vista seja aparentemente uma forma selvagem de vida, para elas é um ato de amor.

LENDA SOBRE A ORIGEM DA SEREIA

Essa é uma lenda contada em Cantabria (Espanha) sobre a origem da sereia:Uma jovem muito linda, de alva pele, esbelta tinha o costume de percorrer as íngremes escarpas da costa para pescar mariscos e também satisfazer a sua paixão de cantar.Foi repreendida várias vezes por sua mãe para evitar uma possível desgraça e para moderar-se em suas ininterruptas fugas. Porém a jovem, fazendo ouvidos de mercador, nunca levou em conta os pedidos da mãe. Muito pelo contrário, considerava os conselhos da mãe empecilhos que deveriam ser burlados e se deleitava a tagarelar suas canções sobre os penhascos, embriagada de euforia.Porém, a mãe cansada e farta com tanta desobediência, em um momento de raiva lhe lançou a seguinte maldição:- Assim permita Deus do Céu que te transformes em peixe!E, imediatamente a bela jovem fugitiva transformou-se em uma belíssima mulher com rabo de peixe.Desse conto surgiu uma famosa cantilena que já foi muito popular:
A sereia do maré uma moça muito máque por uma maldiçãoa colocou Deus na água.Sereia do mar,natural de Santander,por uma maldiçãolevas nome de mulher.Meu destino é ser amantede uma sereia do mar,pois amar não poderei nuncamulher alguma mortal.
Há uma outra canção muito conhecida pelo folclore montanhês:
Vi encalhada uma sereiana praia do Puntal;Eu me aproximei da areiae ela buscava o mar.
Sabe-se que todo aquele pescador que consegue capturar uma sereia recebe uma recompensa de Lantarão, o rei-tritão do Cantábrico, um presente especial: o direito de casar-se com ela. Para isso, o pescador deve beijar em seguida a sereia, cujo o rabo de peixe se transforma imediatamente em belas pernas.Em seguida, a sereia entrega seu espelho que deve ser escondido de forma que ela possa achá-lo, pois, se isso acontecer, o feitiço terminas e ela voltará a transformar-se em sereia e deve regressar ao mar. Essa, sempre teve a esperança de retorno ao seu lar, muito embora não queira dizer que não amem seus maridos humanos.Na Catalunha não existe a idéia da maldição, porém de soberania. Joan Amades comenta que habitam em magníficos palácios submarinos, cheios de fantásticas riquezas, muito iluminados, onde se servem deliciosos manjares e se ouve acalentadoras músicas. A sereia sente uma grande paixão pelos homens e cada noite, quando o mar está tranqüilo e há uma boa claridade da lua, sai à flor das águas e entoa canções de doçura incomparável, acompanhando-se às vezes com um instrumento de corda.Como quase todas as lendas, também na Catalunha, a sereia foi em princípio humana,muito bela e vivia em povoado pequeno da costa, passando longas horas em frente às águas do mar Mediterrâneo absorta em seus pensamentos. Todas as propostas de casamento que recebia eram recusadas de forma sistemática por que, consciente de sua grande beleza, não podia se casar com um homem que não fosse tão bravo e valente como o mar.Um belo dia subiu num barco para estar em contato mais próximo do mar e acabou naufragando. Posteriormente, se supõe que, com o passar dos anos, lhe saíram escamas e rabo de peixe, transformando-se em sereia. Talvez, por essa razão tenha o costume de acabar com a vida dos marinheiros ou de provocar tempestades e marremotos.

SIMBOLISMO

O
simbolismo mais veemente da sereia é a da sedução mortal. Certamente, ela é tentadora: As asas da sereia são amor de mulher, que ela está pronta a dar e aretomar, escreve Pierre de Beauvais.A paixão inflamada que ela inspira é perigosa, porque provém do sonho e do inconsciente, e por isso é sonho insensato, fantasma irreal. Para preservar-se das ilusões da paixão (o amor é cego), é necessário, como Ulisses, agarrar-se à dura realidade do mastro (centro do navio e simbolicamente eixo vital do espírito).Estamos tão condicionados pelo comportamento atávico da lógica que só um salto no oceano da mente, com a ruptura das cadeias do costume, nos libertará dessa confusão mental que nos induz e crer que o normal é o que nos foi ensinado e a história como nos foi doutrinada. Mas, além de tudo que conhecemos, existe uma outra história, um outro conhecimento de ciência e espiritualidade, um nível supremo inimaginável do que é a magia, do poder sagrado da sexualidade, das forças da natureza, que podem aliar-se conosco, assim como também podemos nos unir a ela, sentindo-a parte nossa, voltando a recordar que somos parte sua.

Sereia, John William Waterhouse
A SEREIARomanceiro sefardita
- Fosse de leite o mar e os barcos de canela,
tudo eu faria a fim de proteger as velas.
- Fosse de leite o mar, seria pescador,
pescaria o meu mal com palavras de amor.
- Fosse de leite o mar, seria mercador,
percorreria o mundo em busca de um Amor.
- Uma torre há no mar, na torre uma janela,
e na janela está dos marujos a Bela,
- Dá-me a mão, Pomba, quero alcançar o teu ninho,
maldita, dormes, e eu que adormeça sozinho!

FONTE:http://images.google.com.br/imgres?imgurl=https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZ7jap2N00tQmBVe-QDd1SjxNuFeFOBB9VGy1PrXfY2aEpLwvqg6vQ3TC5WQksCg0YT9DJ7ddjq69iciE0Hy4o9Qd6F6zUpSwSYrNyeKs8r_1dTfKN6qIiySldYYyq63SngOP7Gl3aK50/s400/SEREIAPOESIA2.JPG&imgrefurl=http://blogrenatapoesia.blogspot.com/2009/09/renovar-por-marta-vinhais-sereia-por.html&usg=__v--6WXu_ATQBTqzMti1IbYItvFo=&h=400&w=320&sz=14&hl=pt-BR&start=18&sig2=zFANR1oSO81Q0NkpBteO7w&um=1&itbs=1&tbnid=bHeOxI2kEvp87M:&tbnh=124&tbnw=99&prev=/images%3Fq%3Dpartenope%2Bsereia%26um%3D1%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DN%26rlz%3D1T4ADSA_enBR373BR374%26tbs%3Disch:1&ei=EMbhS5TTJML48Aa62ICpDA


domingo, 2 de maio de 2010




Nadya Vessey, uma deficiente neozeolandesa de "cerca de 50 anos", que nasceu com uma malformação nas pernas e teve que amputá-las separadamente, aos 7 anos de idade e aos 16, ganhou um rabo de sereia para nadar. A cauda que na verdade é uma roupa especial, foi desenvolvida pela empresa Weta Workshop, responsável pelos efeitos especiais de 'O Senhor dos Anéis'.Ela contou à BBC Brasil que usava próteses para caminhar e as tirava para praticar a natação, esporte pelo qual chegou a competir.O rabo possui uma estrutura de policarbonato, material também usado na nadadeira. A "pele" é feita de uma camada de neoprene, revestida de lycra e impressa digitalmente com "escamas".

Existem ou não?

A primeira primeira referência ao mito das sereias na literatura remonta a "A Odisséia" de Homero (primeiro grande poeta grego cuja obra chegou até nós, que viveu no século VIII a.C.). De acordo com a Mitologia Grega, as sereias foram mulheres que por terem ofendido a deusa Afrodite, como punição tiveram a metade inferior dos seus corpos transformadas em peixes, tendo sido exiladas numa ilha do Mediterrâneo. (Há inclusive uma certa confusão entre o mito das sereias e o das harpias, misto de mulheres e pássaros). Seu canto seria tão belo que os marinheiros ao escutá-lo, não podiam resistir-lhe e acabavam jogando seus barcos contra os recifes. Por causa delas Odisseu, personagem da Odisséia, quase não chega ao seu destino, conseguindo salvar-se apenas porque colocou cera nos ouvidos dos seus marinheiros e se amarrou ao mastro de seu navio, para poder ouvi-las e resistir sem se aproximar. As sereias representam na cultura contemporânea o sexo e a sensualidade. Na Grécia Antiga, porém, eram seres que levavam os navegantes à desgraça.N'Os Lusíadas, de Luís de Camões há várias vezes menções à presença de sereias na rota dos navegadores lusitanos sempre com o propósito de provocar naufrágios. Eram sempre descritas com a forma de uma bela e sedutora mulher com cabelos longos, voz maviosa e cauda de peixe. Mas há controvérsias ainda no séc. XV. Quando da sua primeira viagem ao Novo Mundo Cristóvão Colombo alegou ter visto três sereias. Relato do dia 9 de janeiro de 1493, quarta-feira:" ...O almirante disse que na véspera, quando ia ao rio do Ouro, viu três sereias que saltaram alto, fora do mar. Mas não eram tão belas como se descrevem, e de modo algum tinham forma humana de rosto. Acrescentou que outras vezes já vira algumas na Guiné, na costa de Manegueta...". (Colombo, Cristóvão. A descoberta da América. Diário de bordo da 1ª viagem. 1492 - 1493). O mito da sereia foi se alterando com o correr do tempo. No Brasil chegou com o colonizador europeu. O sincretismo operou-se facilmente dando origem à Mãe d'Agua ou Iara (sereia dos rios, lagoas, igarapés) como uma das muitas mães da concepção indígena, espalhando-se por todo o país. Luís da Câmara Cascudo formula a hipótese da identificação dos mitos: "Chegando ao Brasil, o europeu encontrou uma história vaga em que se falava de um fantasma marinho, afogador de índio, espantando curumim. Imediatamente o português diagnosticou: "É uma Sereia!"
Fonte(s):
http://www.imagick.org.br/zbolemail/Bol05x09/BE09x9.html

Programa de Sereia

Muita gente que adora sereia, conserteza tambem adora os filmes, series,etc delas. Aqui vai uma:

H2O meninas sereias:




É uma serie divertida que mistura aventura romance e humor em que tres garotas chamadas Cleo, Nanda e Drica caem numa ilha magica e mergulham em uma lagoa que com a magia da lua cheia se transformam em sereias. A serie foi adaptada e transformada em filme.














sexta-feira, 23 de abril de 2010

Fotos de Sereias(nao sao de verdade)







Grande misterio

Qual sera o grande misterio das sereias? E isso que esse site pretende te ajudar, te ajudar a entender um pouquinho mais sobre estas maravihosas criaturas que noa tanto amamos, por exemplo:Sera que realmente elas existem? Da onde suriu essa lenda? e verdade que tem como virar uma?
Nao sei qual e o verdadeiro segredo, afinal o ser humano ainda sabe muito pouco sobre o fundo do mar, esse site e so para comentar dos roles do fundo do mar e da vida alem dele.

Se voce gostou torne-se um seguidor!!!