sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

"Feliz ano novo"

Quero desejar a vocês um feliz ano novo e porisso postei esta historia...


"O canto das sereias

Era meia-noite de 31 de dezembro de 2003, limiar de ano novo. A praia de Copacabana estava coalhada de gente. Eram grandes os preparativos para virada do ano. Á beira da praia era disputada por pessoas que depositavam no mar pequenos objetos, tais como pentes, vidros de perfume, colares e flores. Alguém ao meu lado, quis saber a razão daquela atitude, o motivo daquela legítima festa pagã e uma mulher que se encontrava ao meu lado explicou que se tratava de uma homenagem as divindades do Mar, às sereias....
- "Sereias? Como são elas?" - quis saber o homem curioso.
- "Não sei, nunca as vi. Mas sei que existem" - foi a resposta da senhora, num tom que denotava aborrecimento.
A alguns passos eu observava a cena. Ouvindo mencionar "sereias" meu pensamento revoou para muito longe, varou distâncias e entrou no túnel do tempo chegando a Grécia Antiga, onde também eram homenageadas as sereias, onde se ofereciam presentes a Poséidon, ou Netuno e a outros arquétipos criados pela fértil imaginação grega.
Sim pensei na Mitologia Grega, ou seja na história fabulosa dos deuses e deusas, semideuses e heróis de guerra. Pensei na civilização grega ou helênica, de que é filha a nossa civilização latina, nos muitos costumes que dela somos herdeiros e nos atos que continuamos a praticar inconscientes da nossa verdadeira origem.
Nossa querida Grécia situa-se numa região extraordinariamente montanhosa, à Sudoeste da Europa, na extremidade meridional da Península Balcânica, repleta de golfos e ilhas, serpenteada por uma infinidade de ilhas. A Grécia possui um clima ameno e agradável que sempre convidou à vida livre, aos banhos e aos exercícios físicos. Lá o céu é azul cristalino, o ar é límpido e leve, as noites são doces e mágicas. Por isso seu povo era especial.
Dividida em pequenos-reinos ou "cidades-estado", como era conhecido, a Grécia Antiga, foi primitivamente, uma nação de pastores e agricultores. Com o passar do tempo, foram assimilando conhecimentos trazidos por outros povos , aprendendo a arte da navegação e outras artes de maior elevação cultural, surgindo, então, artistas maravilhosos e grandes filósofos.
O período de maior esplendor da civilização grega aconteceu entre os séculos VI e IV antes de Jesus Cristo. É neste lapso de tempo que se deu, de improviso, a revelação do Gênio Grego. Fala-se aqui de um milagre grego ao se constatar a maturidade repentina da cultura helênica.
O povo grego era caracterizado pela profusão de deuses que criou e adorou. Além de uma série de deuses principais, comuns a todos, cada cidade, cada pequeno reino, tinha as suas divindades particulares e seus deuses familiares. Tamanha era a profusão de deuses, aliás, fez com que um dos maiores poetas gregos, Homero, afirmasse que na Grécia havia mais deuses do que homens.
Os deuses gregos, entretanto, se diferenciavam dos deuses de outros povos, por serem alegres, festivos, comunicavam-se com os mortais e tinham a forma humana. Freqüentemente desciam do Olimpo e vinham compartilhar das alegrias, das guerras, das atribulações dos homens, aos quais muitos deles gostavam de pregar boas peças..
A primeira história de aparição de sereias remonta à "A Odisséia" de Homero. De acordo com a Mitologia Grega, as sereias vivem numa ilha do Mediterrâneo. Seu canto é tão belo que os marinheiros ao escutá-lo, não podiam resistir-lhe e acabavam jogando seus barcos contra os recifes.

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